sexta-feira, 25 de junho de 2010

Aniversário do Pastor Gilberto


Queridos,

Ontem no aniversário do Pastor Gilberto fiquei muito impactada, e quero aproveitar para compartilhar com vocês...
Primeiro fiquei com o coração cheio e grato por fazer parte de um grupo de pessoas tão especiais. Senti um amor muito grande ontem na casa da Patrícia e do Edu (que fizeram muita falta!). Entendi que o amor que Deus coloca em nossos corações pela vida das pessoas é instantâneo, não precisa de tempo de amadurecimento. É claro que o amor precisa ser cuidado, e isso me leva à segunda questão que temos conversado e eu fiquei pensando: o desafio de viver o evangelho.

Conectando a fala do Pastor Gilberto relativa à sua inquietude de ainda estar fazendo pouco, com a palavra que ele (juntamente com o Masmorra) ministrou na célula de segunda-feira, fiquei pensativa sobre os desafios de viver cada vez mais intensamente esse evangelho.

A palavra que a Pastora Kellen ofertou na "terça das mulheres" me fez lembrar que logo que eu comecei a namorar o Pedro ele me deu um livro que se chama "Em seus passos o que faria Jesus?". O título do livro me tocou muito mais do que o livro em si, pois a maior parte do meu tempo, quando eu não sei o que fazer, eu me lembro desse título e reflito com mais sabedoria acerca das questões a serem resolvidas. O grande problema é que eu faço isso "a maior parte do tempo", mas e na outra parte, como eu procedo?
Hoje sou convertida, tenho o coração grato, transbordante. Por isso não posso mais aceitar muitas das atitudes que já tive, e que às vezes me vejo praticando em minha vida. Não posso deixar de viver o evangelho, pois isso seria demonstrar ingratidão e destemor com a palavra de Deus. Para mim seria até mais do que isso: não viver o evangelho intensamente seria duvidar de Deus. Por que se acreditamos que o Senhor tudo sabe e tudo vê, como podemos mentir, trair, dizer não a um mais necessitado, não compartilhar? Fiquei pensando: se o Senhor estivesse em carne viva conosco por um dia, ao nosso lado, nossas ações seriam as mesmas que temos hoje? Agiríamos naturalmente ou teríamos que nos esforçar para abandonar velhos hábitos? Olharíamos para a mulher do próximo, falaríamos mal do irmão, desejaríamos algo que não é nosso, negaríamos pão para o faminto? Como agiríamos? Temos agido como pessoas que sabem da existência de Deus e por isso buscamos alegrar seu coração, ou temos agido como hipócritas, pessoas que enchem a boca para falar da existência do Senhor Cristo Jesus, mas que no fundo tem um coração cheio de dúvidas e ingratidão?

Como anda seu coração??

Na psicologia estudamos que os nossos pensamentos geram nossas ações. Na palavra de Deus aprendemos que nossas palavras são fruto do nosso coração. Juntando tudo isso entendo que os pensamentos que cultivamos florescem em nossos corações, que são externalizados por meio de palavras ou atitudes. Dessa forma, cuidar dos nossos pensamentos é primordial para espalhar palavras de bondade e misericórdia, e sermos espelho para nossos irmãos em atitude.

Devemos nos aprimorar no Amor Daquele que nos salvou, para não sermos julgados como hipócritas: aquele que prega a palavra, mas não a pratica. Por isso meus queridos amigos, entendo que Deus nos coloca um amor tão grande em nossos corações pela vida uns dos outros para que possamos ser luz entre nós, para que possamos ver o testemunho de vida, de tropeços e vitórias na vida uns dos outros e assim possamos crescer na Sua misericórdia. Para que escutemos o desassossego do nosso pastor e possamos dizer à ele: "Não desanime, estou do seu lado. Faremos juntos o que deve ser feito". Para que acompanhemos nossa pastora, admirando-a cada vez mais como uma mulher de Deus, uma mulher virtuosa e forte, mas que também tenhamos sensibilidade de perceber suas fragilidades e saibamos aproveitar o privilégio de poder dizer a ela "Sê forte. Compartilhe comigo os desafios, estou aqui, quero te ajudar, essa luta também é minha!".
Deus nos coloca tanto amor no coração para que possamos andar juntos, perdoar, aprender, exortar. Minhas orações são para que cada dia mais nós possamos exercitar esse caminhar, esse amor, e que nós possamos cumprir os propósitos que Deus tem para nossas vidas, como irmãos.
Obrigada por serem irmãos e por me ensinarem desse amor do nosso Deus.
Que o final de semana seja ótimo, e cheio de renovo!
Ludoana.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Qual a razão de nosso sofrimento? (2Co 12)



O texto ministrado hoje é uma carta de Paulo aos Coríntios.

Paulo diz no versículo 2-4: "Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até o terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir". Paulo estava falando dele mesmo, que teve uma visão tão clara de Jesus, que ele mesmo não sabe explicar se ele saiu do corpo ou se o corpo saiu dele, mas ele foi arrebatado ao paraíso. É o mesmo que ocorreu a João, quando foi arrebatado ao Apocalipse. O terceiro céu é a terceira dimensão, em espírito.
Paulo relata ainda que ouviu tantas coisas em termos de revelação que ele mesmo não estava dando conta de digerir. Foi tão usado por Deus em termos de revelação, que o próprio Deus mandou que um anjo, um espinho, um enviado de Satanás, ficasse sempre ao lado dele, o perturbando ("E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte"). Esse espinho na carne alguns acham que era uma doença que Paulo não deu conta de curar. Essa doença o deixava tão fraco que ele pediu para Deus curá-lo, e Deus disse: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza", para que ele ficasse sempre em uma condição humilde, para que ele não se exaltasse. Só as vestes de Paulo curava as pessoas, mas Jesus não permitia ele fosse curado para que ele se lembrasse que ele era imperfeito, que ele tinha as lutas dele, que ele que não é maior que Deus.

O que Paulo aponta, em relação à vida do ser humano, é que quando não temos problemas tendemos a ficar soberbos. Paulo conclui que o ser humano que não tem problemas é orgulhoso, auto-suficiente.

Vamos refletir: O que te levou a buscar a Deus? Problema! Alguns foram por que estavam quebrados financeiramente, outros por que estavam enfermos, ou por que tinham um pai alcoólatra..uma série de razões que nos arremeteram à humilhação e ao sofrimento....Contudo, a gente se quebrantou. Temos que entender que é na condição de passar por problemas que Deus nos permite que nos tornemos nova criatura. Até o filho, Cristo, passou por provações para ser aperfeiçoado.

Esse texto para ser compreendido deve ser lido em contexto com as cartas escritas anteriormente por Paulo aos Coríntios. Nessas cartas Paulo exorta a igreja de Coríntios (igreja com muitos dons, mas perturbada. Onde o filho do pai transava com a madrasta). Paulo falava que não poderiam consentir com essa imoralidade. O povo então o desqualifica e ele não é conhecido como Paulo apóstolo. Por isso ele começa a fazer uma defesa própria, dizendo que existem falsos e verdadeiros apóstolos e que ele poderia se gloriar nos seus feitos, nas suas virtudes, mas que ainda, ele já sofreu muito por esse evangelho e, contudo, teve tanta revelação de Deus mas não vai repartí-la para que eles não o achem soberbo. Diz que ainda tendo todas essas revelações é humilde. Coloca ainda que se eles (o povo) acham que as cartas são duras ele será muito mais duro quando estiver presente.

Vamos falar do evangelho que está sendo proposto no mundo atual, qual é este evangelho? É o evangelho que diz que você é filho de Deus e tem condições de ser rico, de ter uma casa nova, de ser curado em sua enfermidade, o que falta é fé. É sempre uma pregação em termos de conquista por sermos filhos de Deus. Isso na verdade é um evangelho deturpado. O que Paulo fala é que ninguém apresentou o evangelho que ele esta apresentando. Quem anda com Cristo sofre, mas quando for humilhado dá a outra face. O que é hoje pregado é que o filho de Deus não pode sofrer humilhação, pois afinal de contas você é o filho de Deus e você deve reivindicar os seus direitos. A bíblia diz que deveríamos pagar o preço do nosso prejuízo. Alguém hoje sofre o prejuízo calado? Não. Então Paulo fala que ninguém está vivendo o evangelho. Se alguém te der um cheque sem fundo você deve deixar isso de lado e crer que Deus vai te abençoar. Andar com Cristo de fato não é fácil. Perdoar quem te ofende, quem te magoa, dar água para o seu inimigo, dar pão para seu inimigo, não é fácil.

Viver o evangelho não é fácil, mas a palavra é essa: temos que viver esse evangelho.
A bíblia diz: dá a quem te pede, não negue nada a quem te pedir. Se alguém te pedir uma quantia de dinheiro e você tiver não pode negar tal quantia para esta pessoa. E se ela não tiver condições de pagar você não deve cobrar. Você empresta na condição de dar. Agora se você não tem, não tem. Dê naquilo que tem. Isso é viver o evangelho. O que a bíblia ensina é isso, que nós deveríamos ter um coração de repartir. Muitas pessoas têm dinheiro, vêem a condição humilde do irmão e não se disponibiliza a dar um botijão de gás. E muitas pessoas pobres têm o coração liberado para dar o que tem. O pobre vive de fé, e o rico vive de sua conta bancária. Temos perdido como igreja o privilégio a ajudar o menos favorecido.

Tem um ditado popular que diz que o que "o que os olhos não vêem o coração não sente". Choramos, murmuramos, achamos ruim, mas olhamos para o nosso próprio umbigo. De vez em quando deveríamos visitar alguém que não tem nada, para entendermos o evangelho.
O quanto Deus já nos perdoou e ainda ficamos guardando mágoas uns dos outros. Estamos longe de viver um evangelho de dar, de repartir. Isso é uma exortação para todos nós, para nossa vida.
No início dessa carta Paulo começa a ficar nervoso por que o povo se divide, falando alguns que são de Paulo, alguns de Apolo, outros de Cefas e outros de Cristo (1Co 1: 10). O nosso problema é a comparação, e nos comparamos com o maior. Por que se o outro possui mais bens, está financeiramente melhor, já nos comparamos. Quem é muito pobre desprezamos, e temos raiva de quem tem muito.

Que em suas orações você não questione a Deus. Por mais que Paulo foi usado por Deus, Paulo começou a murmurar para que Deus tirasse o seu espinho, como se Deus não tivesse o ouvindo. Que nós tenhamos um coração sempre grato em Deus e assim possamos viver esse evangelho.

Palavra ministrada na Célula de Convivência do dia 22-06-2010 por Paulo Henrique (Masmorra) e Gilberto Marquez.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Seu relacionamento com Deus é baseado em insegurança ou em confiança?


Queridos,

Não deixe de ter um tempo com o Senhor a respeito dessa palavra. Reflita sobre o seu relacionamento com nosso Senhor Cristo Jesus para que seus demais relacionamentos possam ser transformados. Desejo que a sua semana seja de quebra de barreiras e vitórias. Que você tenha uma vida de transformação e recomeço!


Deus não precisa dar sinais para nós. Os sinais são para os incrédulos. À medida que vivemos nossa vida apenas segundo os sinais isso só mostra nossa infantilidade e imaturidade diante de Deus, na qual precisamos de confirmações de que Deus cuida de nossa vida. Ainda que Deus não te desse nenhum sinal, Deus já te deu todas as coisas. Não há outras coisas a serem feitas, não há outro filho a ser sacrificado, nem outro sangue a ser derramado. Deus tem falado com você, à medida que Ele derrama misericórida em sua vida.

Necessitar de sinais de Deus mostra nossa falta de relacionamento com Ele. Quando pedimos provas isso quer dizer que temos dúvidas. Nos relacionamentos de namorados existem cobranças no início quando não é falado que se amam. Isso ocorre por que esta ainda é uma relação insegura. Quando nossa relação é de confiança e certeza eu já não preciso mais pedir para que o outro fale que me ama. Pois através das minhas ações, meu comportamento, o outro veria em mim que eu o amo. Muitas vezes dizemos que amamos mas tratamos nosso cônjuge de forma contrária, o que revela só nossa insegurança e não nosso compromisso. Que você revele seu compromisso ao falar que ama, mesmo quando as circunstâncias forem contrárias que você não duvide de Deus na sua vida.

Temos crise com Deus em nossas relações por que elas não representam nossas convicções, mas sim nossas dúvidas e inseguranças. E quando achamos que Deus não responde ficamos magoados.

DEUS NOS RESPONDE DE TAL FORMA QUE AS MISERICÓRDIAS DELE QUE SE RENOVAM EM NOSSAS VIDAS SÃO MOTIVOS DE ACORDAMOS TODOS OS DIAS.

Nossas relações fragilizadas com Deus são fragilizadas também uns com os outros. Quando alguém erra conosco, ao invés de eu olhar para ela como uma irmã, perceber que foi um lapso e que eu amo a vida dela eu a julgo, cito todos os seus defeitos. Só pensamos na suspeita negativa, nunca pensamos na suspeita positiva. Por isso, tudo o que acontece em nossas relações nos deixa magoados. Se partirmos da premissa que tudo o que meu irmão diz para mim é para o meu bem, por que eu me ofendo? Eu deveria acreditar que minha esposa, tudo o que ela diz, é para minha edificação, por que ela me ama, quer meu bem, mesmo quando me critica ou diz coisas que eu não quero ouvir. Mas ao invés disso lançamos sentimentos de competitividade e tudo o que ela diz me ofende e eu preciso confrontá-la para não levar desaforos.

No Velho Testamento temos o Livro de Ester, que quase não passou no crivo das Igrejas para fazer parte da bíblia. Isso por que este é um livro no qual em nenhum capítulo ou versículo se cita Deus como falante, tal como "O Senhor disse". Por isso, este é um livro peculiar, POR QUE DEUS NÃO FALA, MAS OPERA SUA VONTADE TODO O TEMPO. Deus não precisa falar, dar sinais, mas Ele está operando em você. No livro de Ester conta-se que o Rei da Síria estava dando um banquete. Esse rei possuía 127 províncias. "Ao sétimo dia, estando já o coração do rei alegre do vinho, mandou Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta, Zetar e Carcas, os sete eununcos que serviam na presença do rei Assuero, que introduzissem à presença do rei a rainha Vasti, com a coroa real, para mostrar aos povos e aos príncipes a formosura dela, pois era em extremamente formosa" (Et 1:10-11). Porém a rainha se recusou a ir e por isso o Rei mandou destituí-la de Rainha e quis escolher dentre várias virgens uma que fosse sua Rainha. Deus escolheu Ester, uma judia, para ser Rainha. Em determinado tempo de seu reinado, um servo do Rei chamado Hamã, tentou matar todos os judeus. Quando a Rainha ficou sabendo disso, ela não sabia o que fazer. O homem que a criou, Mordecai, disse para que ela visitasse o Rei e dissesse à ele que ela era judia, e que ele não poderia matar os judeus por que ele estaria cometendo pecado. A Rainha disse que não poderia invadir a privacidade do Rei, senão ela poderia ser morta. Mordecai então diz à Ester que foi para isso que Deus a levantou como Rainha, para que no momento oportuno ela pudesse salvar o seu povo. Ester então foi ao encontro do Rei e ele não a mandou matá-la. Ela foi usada para salvar toda uma geração. Em momento algum Deus disse alguma coisa. Mordecai ainda disse que se não fosse ela o livramento viria de outro lugar.

Deus usa quando, como e quem Ele quer. O quando, o como e o quem pertence à Ele.
Deus não precisa falar o quanto Ele te ama e o quanto Ele tem operado em sua vida. Os problemas que você está enfrentando em sua vida são para te curar, te amadurecer, fazer com que você seja uma pessoa melhor. Deus só coloca Ester para ser Rainha para salvar seu povo. Ela tinha um propósito.

Você tem cumprido de forma eficaz os seus ministérios? O vigor que Deus te deu, onde está? Os dons que Deus te deu, onde estão? Faça as contas e você verá o quanto você é uma pessoa abençoada. Lutas e dificuldades todos terão, e talvez apenas com elas você permanece ao lado de Deus. Muito mais pode ser feito através de sua vida, com você e por você. Ainda não repartimos o suficiente, não demos o suficiente do que já recebemos em Cristo Jesus.

Palavra ministrada pelo Pastor Gilberto na Igreja Sal da Terra Vigilato - 20/06/2010